07/08/2008 - 13:41:00
Levantamento da SulAmérica Seguros e Previdência mostra que, além de mais presentes no mercado de previdência, mulheres assumem postura mais agressiva em relação aos investimentos na aposentadoria
O número de mulheres que investem em previdência privada cresce a cada ano. Em 1994, as mulheres representavam somente 29% do mercado geral. Atualmente, a participação do público feminino é de cerca de 50%. Na SulAmérica Seguros e Previdência, as mulheres respondem por 44% da carteira de clientes individuais de previdência, que é composta por aproximadamente 100 mil pessoas. Este índice é 9% superior ao número de 2000, quando 40% dos investidores da seguradora eram do sexo feminino.
Além do aumento do número de investidoras, o levantamento da SulAmérica também aponta que o perfil de investimentos das mulheres vem mudando. Apesar da grande maioria ainda escolher fundos com aplicações em renda fixa, 33% já aplicam em fundos com renda variável na composição. Em 2005, este índice era de apenas 17%. Os números são compatíveis aos verificados nos tipos de aplicações feitas por homens – 35% deles investem em fundos com renda variável atualmente e somente 16% optavam por este tipo de fundo em 2005.
O utro dado que mostra a preocupação das mulheres com o planejamento da aposentadoria é a idade média das participantes. Em 2000, a faixa etária girava em torno dos 42 anos e atualmente, a média é de 33 anos.
“Estes dados mostram que o público feminino está cada vez mais consciente da necessidade de acumular recursos para a manutenção do padrão de vida na aposentadoria”, comenta o vice-presidente de vida e previdência da SulAmérica, Renato Russo.
Em relação ao tipo de produto, 61% das clientes opta por PGBL e 39% em VGBL. A renda média das mulheres que investem em previdência na SulAmérica é de R$ 3200 e a contribuição mensal é de R$ 224.
Contexto Social
A preocupação das mulheres com a aposentadoria é consequências das mudanças sociais e culturais que ocorreram nos últimos 50 anos. Além de conquistar independência financeira, as mulheres passaram a ter papel relevante no orçamento familiar. Cerca de 30,5% dos lares brasileiros são sustentados por mulheres, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE.
Outro fator que preocupa as mulheres em relação ao futuro é o aumento da expectativa de vida, que passou de 56,1 anos, em 1960, para 76,1, em 2006, o que representa um aumento de 35,7%. Além disso, as estimativas do IBGE indicam que as mulheres vivem cerca de 7,6 anos a mais que os homens.